A Lunação, ou Lua Nova, marca o início do ciclo de relacionamento entre Sol e Lua.
O ciclo se inicia na Lua Nova – chamado de Lunação em Astrologia – segue-se o Quarto Crescente (Primeira Quadratura ou Quadratura Crescente), Lua Cheia (Plenilúnio ou Oposição), Quarto Minguante (Segunda Quadratura ou Quadratura Minguante) e de novo Lua Nova. O ciclo todo leva 28 dias e cada fase dura 7 dias. Importante notar que o ciclo das fases lunares só existe da perspectiva de quem está na Terra.
A importância da Lunação
O fato de Sol e Lua estarem juntos, no mesmo signo e no mesmo setor do mapa astrológico, irá enfatizar sobremaneira a energia daquele signo e os assuntos daquele setor específico. O efeito será sentido durante todo o mês, no caso de uma lunação normal, ou por (6) seis meses, no caso dessa lunação ser também um eclipse.
Além da Lua Nova ou lunação ser o início desse ciclo de relacionamento, que vai atingir o ápice na fase da Lua Cheia, os dois luminares representam princípios muito importantes na psique humana.
O Sol representa o princípio masculino, a consciência, o ego, a vontade, o espírito, a autoridade, e também vitalidade, energia, poder, livre-arbítrio.
A Lua representa o princípio feminino, o Inconsciente, a emoção e o sentimento, a alma, e também os instintos, os hábitos e o destino.
Como se estabeleceu esse simbolismo
A Lua foi o primeiro corpo celeste a despertar a atenção da humanidade, devido a suas constantes mudanças de aspecto, com suas fases, ora cheia, ora faltando um pedaço, ora desaparecendo totalmente e mergulhando o mundo na escuridão, o que levava os indefesos seres humanos, dependentes de seus humores, a lhe prestarem cultos e homenagens para que ela retornasse aos céus.
O ciclo da Lua logo foi associado aos ritmos femininos da menstruação (28 dias), gestação (10 x 28 = 280 dias), bem como sua influência no trabalho de parto. Ela era venerada como a deusa de três faces ou formas: a lua Crescente na forma de uma jovem virgem; a Cheia, como a esposa fértil, grávida, e a lua Minguante de uma anciã, estéril, mas muito esperta e sábia.
A criança era considerada filha apenas de sua mãe, gerada pelo seu corpo sem interferência do homem. Por esse motivo as primeiras sociedades humanas eram matriarcais e os primeiros ritos religiosos da humanidade tiveram natureza lunar – era o culto da Grande Mãe, a Mãe Terra, nutridora e mantenedora da Vida e da fertilidade da Natureza. As sociedades eram agrárias e pacíficas e a sabedoria das mulheres era valorizada.
Só muito tempo depois os seres humanos entenderam que a Lua era um mero reflexo do Sol, assim como perceberam que a mulher necessitava da participação do homem para gerar a criança. Esse momento marca o surgimento do patriarcado: os filhos passam a pertencer ao pai, que separa suas mulheres para garantir que os filhos gerados são seus, e há o aparecimento dos cultos solares, onde um Deus-Pai severo, que habita no Céu, vem substituir a doçura da Mãe Terra. As sociedades então se tornam guerreiras valorizando o poder conquistador dos homens e a força bruta.
Os Eclipses
Assim como as fases da Lua, os eclipses também só existem em relação à perspectiva da Terra, pois vistos daqui, Sol e Lua têm o mesmo diâmetro, o que deve significar que para a nossa consciência ambos têm ou deveriam ter, a mesma importância.
O eclipse do Sol é uma Lua Nova ou lunação. O eclipse da Lua é uma Lua Cheia, ou plenilúnio. No eclipse solar a Lua se interpõe entre Sol e Terra fazendo com que quem está na terra não veja o Sol. No eclipse Lunar, a Terra se interpõe entre o Sol e a Lua, bloqueando a luz solar para a Lua e fazendo com que quem está na terra não a veja.
Durante um eclipse solar, o Sol é encoberto pela Lua. Sendo o Sol um princípio relacionado a Deus, pai, autoridade, consciência, razão, vitalidade e energia, durante o eclipse esses atributos estão ausentes. Dizemos que estamos sem luz, sem consciência, sem Deus, ao sabor de nossos próprios atos, que tenderão a ser irracionais, inconscientes. Em termos materiais há pouca vitalidade física e energia. Em mapas de paises ou empresas pode sinalizar a perda ou desaparecimento do chefe, comandante, rei ou autoridade. A morte do papa João Paulo II ocorreu alguns dias após um eclipse solar.
Nos eclipses lunares são as emoções que estão eclipsadas pelas necessidades práticas ou materialismo, há a tendência de agirmos de forma ríspida, insensível ou muito pragmática.
Pelo simbolismo que associa a Lua com o mundo material e com a terra, no eclipse lunar os antigos temiam principalmente os desastres naturais, terremotos, erupções, inundações, a ação das forças da natureza trazendo perdas na agricultura, pragas e fome.
Devemos observar a casa astrológica onde ocorre um eclipse pois essa área de vida sofrerá uma importante alteração energética. Os eclipses, especialmente os solares, sinalizam oportunidades de mudança em nossas vidas e, como tal, devem ser comemorados e não temidos.