Como eu sempre acreditei e defendi começa um movimento para reclassificar Plutão como Planeta. Veja a tradução do artigo da Scientific American e o texto anteriormente publicado de Rob Brezsny.
http://www.scientificamerican.com/podcast/episode/pluto-bids-to-get-back-planetary-status1/
“O Grande retorno de Plutão: por que ele poderá ser reclassificado como um planeta”
Pobre pequeno Plutão. Em 2006, astrônomos se reuniram e votaram para destitui-lo de seu status de planeta – mas outros astrônomos assinaram uma petição dizendo que ignorariam essa votação.
Agora Plutão, por si mesmo parece estar se defendendo. Graças ao telescópio espacial Hubble, nós constatamos que Plutão tem pelo menos cinco luas — bastante impressionante para algo que supostamente não é um planeta.
E uma nova pesquisa sugere que Plutão é exatamente o que nos ensinaram há muito tempo: o maior mundo em órbita do Sol além de Netuno.
Em 2005 os astrônomos descobriram o maior rival de Plutão, Eris. É três vezes mais distante do Sol que Plutão. E Eris foi estimada como sendo maior do que Plutão, também. Mas a estimativa inicial pode ter sido errada.
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Alguns leitores perguntam por que os astrólogos ainda dão tanta importância a Plutão? Não é mais um planeta. Aqui está minha resposta:
Os astrólogos que respeito, não acreditam que Plutão, ou qualquer corpo celeste que importe, emita raios invisíveis que de alguma forma manipulam os seres humanos, como se fôssemos fantoches. Pelo contrário, as esferas que orbitam o Sol são sinais no céu que lemos como presságios que ajudam a iluminar o fluxo e refluxo dos ritmos da vida aqui na terra.
Como o astrólogo e filósofo Richard Tarnas aponta em seu excelente livro ‘Cosmos e Psique’, o papel dos corpos celestes é comparável ao de um relógio: O relógio conta o tempo, mas não causa a tempo. Da mesma forma, os corpos celestes nos pintam grandes imagens de verdades sobre nossas vidas, mas não as causam.
Desde 2006, quando Plutão foi “rebaixado” como planeta por alguns astrônomos, absolutamente nada mudou sobre Plutão em seu papel como um revelador de presságios cósmicos. Seus movimentos ainda podem ser calculados para o futuro distante. Sabemos os contatos que ele fará ao longo do caminho com outros portentos cósmicos.
Tudo o que mudou são as idéias sobre Plutão que residem nas mentes dos 424 astrônomos, na maioria homens, que estavam na conferência em Praga, em 2006. E a propósito, mais de 9.500 outros astrônomos não foram consultados sobre a mudança na definição.
(Eu estou envergonhado pela astronomia. Menos de 5% dos astrônomos do mundo votou, disse Alan Stern sobre a medida tomada na conferência da IAU (União Astronômica Internacional). Ele é chefe da missão New Horizons a Plutão, bem como um cientista do Southwest Research Institute. Stern também disse que a definição cheira mal, por razões técnicas. Ele diz que, pelos termos da nova definição, Terra, Marte, Júpiter e Netuno também não deveriam mais ser considerados planetas!)
Astrologia não é uma ciência. É um sistema simbólico. Quando usado com integridade, ela engendra abordagens poéticas para aprofundar nossa conexão aos grandes mistérios da vida, não predições de eventos literais. Isso significa abrir nossas mentes para os padrões míticos que jazem abaixo das interpretações de nível superficial do que é tudo isso, afinal; não compete com as análises lógicas e racionais dos cientistas de por que as coisas são do jeito que são.
(ASTROLOGIA NÃO É UMA CIÊNCIA! E nem a psicologia profunda, a mitologia, a interpretação de sonhos ou a poesia são. Faz tanto sentido criticar a Astrologia por não ser científica, quanto ridicularizar uma maçã por não ser uma laranja).
Precisamos de ambos: a mito-poética e o logicamente analítico.
Cinco por cento dos astrônomos do mundo podem reorganizar as definições sobre a natureza dos corpos celestes, mas sua província é diferente daquela dos astrólogos. Em nossa arena, Plutão é ainda o símbolo do submundo… – o corpo celestial que nos fala da nossa conexão com o lado de baixo da vida, da perspectiva das almas, dos segredos e profundidades ocultas em qualquer situação, do reino dos sonhos e da morte e dos estados alterados de consciência.
Isto não implica que o significado de Plutão para astrólogos permanecerá para sempre estático. Como exploradores da consciência, nós continuaremos a aperfeiçoar e enriquecer a nossa compreensão da sua significação simbólica.
Uma astro-mitologista, Roxanna Bikadoroff, sugeriu que há ‘justiça poética’ em visualizar Plutão como um planeta-anão (a nova designação da IAU) – nas histórias míticas e contos de fadas, anões são, muitas vezes, mágicos que tem poderes de transformação e possuem depósitos ocultos de riquezas fantásticas. Vivem debaixo da terra ou debaixo de pontes, que são símbolos de transição, o que confirma o papel dos anões como guardiões dos limiares.
Quando um herói segue em uma grande missão, um anão pode exigir uma tarefa quase impossível dele ou dela. Se for para o herói ser bem sucedido, ele ou ela devem morrer de alguma forma, psicologicamente, senão literalmente. O sucesso, na realização da missão dada pelos anões, traz ao herói uma grande riqueza.
Cada detalhe da descrição acima é uma expansão poética apropriada do que eu entendo ser o significado astrológico de Plutão.
*Texto traduzido do site de Rob Brezsny’s Free Will Astrology
https://www.facebook.com/pages/Rob-Brezsnys-Free-Will-Astrology/133041234078?fref=nf