Somos de um determinado signo, pois o Sol estava transitando por esse signo quando nascemos. Por exemplo, as crianças que nascem agora são cancerianas pois o Sol entrou nesse signo dia 21 de junho e ali permanecerá até 22 de julho.
O Sol indica nossa missão, uma proposta de vida, um modelo a construir. As pessoas se espantam quando digo isso, mas é verdade: nem sempre apresentamos as características do nosso signo solar, não totalmente, muitas vezes é algo que iremos desenvolver, que temos que trabalhar para nos tornar.
Não adianta dizer que não gosta de seu signo solar. É preciso se tornar mais parecido com ele, afinal é o molde, forma ou modelo a seguir para ocupar seu lugar no mundo. Não se faz um bolo só com farinha. É preciso leite, ovos, fermento, manteiga e na vida também é assim: cada um de nós tem que desempenhar seu papel por mais simples que ele seja. Píndaro, um poeta grego da Antiguidade já dizia: “Torna-te aquilo que és por natureza”.
Enquanto isso o Ascendente é o caminho que nos leva para o Sol. O Ascendente tem a ver com a forma como agimos no mundo, com autoafirmação. Temos uma missão para cumprir (Sol) e a forma de chegar lá é o Ascendente. Por isso que essa história do Ascendente só começar a agir aos 30 anos ‘pegou’. Isso é uma grande besteira, diga-se, mas aos 30 anos temos mais consciência do que somos ou do que queremos e podemos nos tornar.
Essa conversa toda colocada nesse texto se deve a uma observação sobre alguém do signo de Leão que conheço, mas que não demonstra nem um pingo do brilho e da alegria leoninos. Essa pessoa tem Ascendente Peixes. Podia ser uma pessoa inspirada, criativa, uma artista. Mas escolheu a pior característica do signo de Peixes para se autoafirmar – a passividade e o vitimismo. Conclui que dessa forma ela ocupava o centro das atenções, roubava a cena descrevendo seu penar e seus sofrimentos. Ao tentar faze-la entender esse mecanismo, ela me retrucou que jamais se queixava ou contava suas penas a ninguém..
Não sei se ela entendeu que o processo pode ser inconsciente, como uma forma de justificar não lutar por seu “lugar ao sol”, de desistir de antemão de uma batalha em que já se deu por vencida.
Mas temos que trazer também a Lua para essa roda, pois ela diz tudo sobre os hábitos herdados ou trazidos de muito longe, nossa atitude emocional, quase sempre inconsciente, que junto com o Sol e o Ascendente forma o tripé da personalidade. No caso acima ela se encontra em Capricórnio, signo realizador, mas um tanto quanto pessimista.
E segue o baile da vida…