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Postado em 2 de fevereiro 2013 no facebook pelo colega Antonio Harres Bola.
No próximo dia 10 de fevereiro de 2013, os chineses terão seu reveillon do ano lunar 4711.
Mas para os judeus - um pouco “à frente” - será o dia 22 do mês Sh’vat do ano 5773.
Mas para os que acreditam no Calendário Maia nada disso importa, pois o mundo já acabou.
Na ìndia, o 10 de fevereiro será o dia mais auspicioso para banhos durante a a peregrinação do Kumbh Mela,que em compasso com a órbita de Júpiter, ocorre a cada 12 anos, reunindo milhares de fiéis.
Kumbh signifdica jarro ou cântaro em sânscrito e se refere ao signo do Aquário ou aguador, aquele derrama as águas, simbolizando a pulsão da natureza de romper com limites, transgredir e se lançar para além do conhecido.
A argila que dá forma ao vaso , que seria a sua “pele” corresponde à Capricórnio e seu conteúdo, movendo-se em incessante correnteza, Aquário, que representa também o fato de que por mais durável que seja quela forma manifestada, ela também está “passando”, fluindo em sua impermanência e tão vazia de realidade quanto o nada no oco de uma garrafa.
Já aqui no Brasil, estaremos em pleno início do Carnaval, quando “as águas vão rolar” em jorros dos copos para as gargantas dos foliões, conforme a antiga marchinha de carnaval apregoava:
http://www.youtube.com/watch?v=H5YFfpj2wQU
Em um dos capítulos da série “Cosmos”, o astrônomo Carl Sagan aparece caminhando em Jaipur, na Índia, dizendo que partindo do ritmo do pulsar do coração os hindus desenvolveram um sistema de contagem do tempo em que chegaram a uma idade provável do universo muito semelhante à que a ciência, através da medição da radiação cósmica de fundo deduziu e que se tornou um dos fundamentos da teoria do “big bang”.
- “Mas claro, isso foi somente uma coincidência”, finaliza Sagan, do alto da arrogância típica dos que subestimam a capacidade de saber pela não-dualidade da comunhão com a natureza e acreditam piamente na existência de um observador capaz de medir, contar e conhecer tal estivesse “de fora”.
Na tradição hindu, o cosmos é um imenso multiverso que inspira e expira universos, denominados “dia e noites de Brahma”.
Teorias desenvolvidas recentemente pela física de vanguarda, apontam para a possibilidade de que o “Big Bang” tenha sido somente um entre infinitos começos de mundos paralelos, chegando à mesma conclusão dos antigos sábio védicos.